E-commerce cresce e barreiras de acessibilidade não diminuem


Ilustração de um notebook com um carrinho de compras destacado em sua tela. Sobre ele há uma seta indicando iminente clique de mouse.

O comércio virtual brasileiro vem registrando crescimento constante, especialmente depois da pandemia. No ano passado, por exemplo, acumulou um faturamento de R$ 185,7 bilhões e um total de 395 milhões de pedidos, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm. Cerca de 88 milhões de pessoas, o que equivale a 41% da população brasileira, fizeram alguma compra em loja virtual ao longo de 2023, também de acordo com a ABComm.

De acordo com a série de estudos realizados pelo Movimento Web para Todos em parceria com a BigDataCorp, as empresas de e-commerce no Brasil vinham apresentando de forma bem tímida melhorias em questões de acessibilidade. Em 2020, cerca de 1,30% não apresentaram falhas neste tipo de teste. Em 2021, esse número subiu para 1,46%. Já em 2022, houve uma queda brusca e a porcentagem de lojas virtuais acessíveis em nosso país chegou a 0,06%. Em 2024, esse número subiu novamente e está em 1,7%, o que ainda é praticamente irrelevante se considerarmos o tamanho e potencial desse mercado.

“Estamos falando de barreiras de acessibilidade básicas que tiram o direito de milhões de pessoas com deficiência de terem acesso a esse mercado”, resume Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos. “Sabemos que muitas promoções e produtos só são oferecidos em lojas virtuais. Não dar a mesma oportunidade de acesso a todas as pessoas é imoral e contra a lei”, enfatiza.

Por meio de atividades práticas de conscientização, capacitações técnicas e acompanhamento permanente de nossos especialistas, o Movimento Web para Todos tem contribuído amplamente para que grandes marcas iniciem e evoluam nessa jornada transformadora. 

Os resultados? Ampliação de público consumidor, adequação à legislação vigente, diferenciação da marca frente às práticas de ESG e retenção de talentos (mobilizados por um novo propósito social) são apenas alguns deles. ESG é uma sigla que representa Environment (Ambiente), Social (Social) e Governance (Governança). Trata-se de um conjunto de critérios utilizados para avaliar o desempenho de uma empresa ou organização em termos ambientais, sociais e de governança.

Com o objetivo de contribuir ainda mais para essa mudança inclusiva, selecionamos diversos conteúdos informativos e práticos para ajudar as lojas virtuais a identificarem e a eliminarem suas barreiras de acessibilidade. Esta curadoria foi organizada em forma de jornada. Assim, profissionais da área de e-commerce começam tendo mais consciência sobre o impacto dessas barreiras na vida das pessoas, refletem sobre a responsabilidade legal e social da empresa neste processo e, por fim, aprendem técnicas para solucionar esse problema e as armadilhas que devem ser evitadas.

Os impactos das barreiras de acessibilidade digital

Barreiras enfrentadas por quem tem deficiência visual:

Barreiras enfrentadas por pessoas neurodiversas: 

Outros tipos de barreiras:

Depoimentos de pessoas com deficiência sobre falta de acessibilidade no ambiente digital:

Responsabilidade das organizações com a falta de acessibilidade digital

Como tornar lojas virtuais acessíveis

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