Como avaliar a acessibilidade de aplicações web com o AccessMonitor


Ilustração de um notebook aberto. Na tela há o desenho de uma lista de itens, sendo que um deles está grifado e com símbolo de verificado ou realizado.

Agora é o momento de conhecer os detalhes de outro validador automático muito utilizado por profissionais que desenvolvem aplicações web e por quem necessita, por qualquer que seja o motivo, verificar a acessibilidade mínima de sites.

Michele Caroline Teixeira de Oliveira, uma de nossas voluntárias, explica a seguir detalhes de como utilizar o AccessMonitor, programa do governo português que permite avaliar automaticamente a acessibilidade de sites. 

O AccessMonitor é bastante intuitivo e está baseado na versão mais atualizada das práticas de acessibilidade web do W3C, as WCAGs 2.1. 

Siga o passo a passo para usar o AccessMonitor

  • Acessar a URL https://accessmonitor.acessibilidade.gov.pt;
  • Incluir URL da página que quer realizar os testes ou enviar o código HTML da página;
  • Clicar no botão “validar” e aguardar o relatório que será gerado conforme imagem a seguir.
Print de tela da primeira parte de um relatório de acessibilidade gerado pelo AccessMonitor como exemplo para essa matéria. No topo esquerdo em destaque, há o número 4.7 que indica a pontuação que a página obteve numa escala de 0 a 10. Logo abaixo, há detalhes sobre o tamanho da página e a quantidade de elementos HTML analisados. Ao lado, há uma tabela com o título "9 práticas encontradas". Está dividida em três linhas que indicam o resultado da varredura: "Aceitáveis", "Para ver manualmente" e "Não aceitáveis". As colunas estão divididas de acordo com os níveis gerais previstos na WCAG: A, AA e AAA.

Ao fim da avaliação será fornecido um relatório com nota de 0 a 10 para o site, como também uma lista de avisos e erros que devem ser corrigidos para que aquela página se torne mais acessível.

Os resultados apresentados pelo AccessMonitor encontram-se divididos pelos três níveis de prioridade dos critérios de sucesso da WCAG 2.1: prioridade “A”, “AA” e “AAA” , onde “AAA” é o nível mais elevado de prioridade e o “A” são os requisitos mínimos de acessibilidade. 

Print de tela da segunda parte do relatório de acessibilidade gerado pelo AccessMonitor como exemplo para essa matéria. É uma tabela contendo os detalhes de cada uma das práticas encontradas, categorizadas por nível de acessibilidade. Há também uma coluna com opção chamada "ver detalhe".

A segunda parte do relatório é uma tabela com os resultados obtidos na validação da página web em questão, sendo:

  • As linhas com o ícone verde no início são os tópicos referentes às práticas “Aceitáveis” encontradas na página;
  • As linhas com ícone em vermelho no início são os tópicos referentes às práticas “Não aceitáveis” encontradas na página;
  • As linhas com ícone em amarelo no início são os tópicos referente às práticas “Para ver manualmente”, que devem ser testadas de forma manual, pois a ferramenta não tem elementos suficientes para avaliá-las automaticamente.

É apresentada também uma coluna com o nível de prioridade nos requisitos mínimos de acessibilidade. Ao clicar no ícone de “Ver detalhe”, será aberta uma nova aba com uma sugestão de melhoria para aquele erro.

É importante ressaltar que o AccessMonitor é prático e rápido para validação de acessibilidade, mas não é muito profundo nas análises. Ele deve ser utilizado como apoio e nunca substituir os testes manuais. É imprescindível também o envolvimento de pessoas com deficiência no processo de mapeamento de barreiras, inclusive de usabilidade, e nos testes de acessibilidade durante o desenvolvimento de uma aplicação web.

*Michele Caroline Teixeira de Oliveira é uma das especialistas voluntárias do Movimento Web para Todos. É graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e pesquisadora científica pela FATEC-GARÇA. Atua nas áreas de Engenharia de Software com ênfase em Testes de Software. Faz testes de acessibilidade e integra o Comitê de Diversidade e Inclusão da empresa Locaweb, contribuindo com a conscientização e integração de funcionários e funcionárias com deficiência.


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