Segurança online é mais uma das barreiras das pessoas com deficiência na web


Foto de Fernando Campos, um homem jovem de pele branca e cabelos castanhos curtos penteados. Ele usa próteses oculares na cor verde, camisa, aparelho nos dentes e sorri.
Para Fernando Campos, as questões de segurança online são uma barreira da internet. Foto: arquivo pessoal.

Políticas de privacidade, notificações de armazenamento de cookies de sites e termos de uso para aplicativos ou redes sociais podem ser bem complexos. E é comum encontrar neles textos estritamente longos e com termos tão difíceis que não dá para compreender seu real significado. Assim, o que deveria garantir a segurança online acaba contribuindo para a insegurança de quem navega pela web.

“Desde a época que eu fiz o meu curso de jornalismo, entendo que o online precisa ter textos mais rápidos, mais concisos. Mesma coisa quando a gente vai aceitar esses termos. Vêm páginas e mais páginas. É muito termo jurídico”, conta Fernando Campos, jornalista, palestrante, produtor de conteúdo e um dos embaixadores do Movimento Web para Todos.

Para ele, que é cego desde os 2 anos, essa é uma barreira da internet, que atinge a todas as pessoas. “Eu tenho certeza que os videntes vão lá e ‘concordo’, não ficam com aquela coisa de ‘vou ler aqui direitinho.’” Mesmo assim, ele acredita que essa dificuldade se torna ainda maior para a pessoa com deficiência. “Já aconteceu de eu ler algum texto e dizer: ‘eu li, eu acho que entendi tudo, mas eu tenho medo que alguma coisa esteja me escapando’. O site era acessível, mas eu estou tão acostumado a viver nesse mundo online de inacessibilidade, que pensei: é melhor eu chamar alguém aqui, ter essa segurança”, explica.

Seu relato contribuiu para a reflexão feita no painel “Compliance e acessibilidade: o que sua empresa precisa saber para cumprir as leis atuais”, que aconteceu durante o evento que fizemos em parceria com o Google, em outubro de 2021.

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