Ninguém pode negar que a pandemia provocou e ainda tem provocado mudanças significativas na web. Surgiram mais opções de entrega de comida e de produtos em geral, mais cursos e eventos online, bancos e clínicas ampliaram seus serviços a distância, muita gente passou a trabalhar remotamente, etc.
“O problema é que isso não se refletiu para nós que temos deficiência visual nem para as outras deficiências”, afirma Leonardo Gleison, engenheiro de software e um dos embaixadores do Movimento Web para Todos.
Ele e sua esposa Camila Domingues gravaram um depoimento contando brevemente quais barreiras que eles continuam enfrentando no ambiente digital, seja para comprar algo, estudar ou simplesmente ler uma notícia do dia a dia.
Camila é professora especializada em deficiência visual e educação inclusiva. E como qualquer boa professora, ela também gosta de se manter atualizada fazendo cursos e consumindo conteúdo online. Mas como ela mesma diz, é preciso ter muita paciência e tempo para tentar driblar as muitas barreiras de acessibilidade, como captchas e a falta de descrição nas imagens.
Leonardo reforça que ainda é preciso melhorar muita coisa na web para que seja minimamente acessível a pessoas com deficiência visual. “Na pressa de disponibilizar o serviço ou produto online para o público geral, as empresas acabam muitas vezes esquecendo de pensar se ele tem acessibilidade”, completa.
Assista ao depoimento completo que Camila e Leonardo deram como forma de contribuir para a reflexão feita ao longo do painel “As 5 principais barreiras que dificultam a interação de pessoas com deficiência com marcas no mundo digital”, que aconteceu durante o evento que fizemos em parceria com o Google em outubro de 2021.
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