Instagram, SEO nas redes sociais e acessibilidade digital


Foto de celular na mão de uma pessoa com destaque para o Instagram projetado na tela. Ela toca a imagem do post e o símbolo de coração aparece mostrando que foi curtida.

Por Fernando Alberigues e Cris Marques*

A influência das redes sociais na vida das pessoas é inegável, tanto que até a forma de navegar na internet, consumir informação, assistir vídeo e pesquisar produtos mudou. Um exemplo claro disso é que elas já aparecem em 2º lugar para 43,6% das pessoas que usam a web quando o assunto são canais de busca online, ficando atrás apenas das ferramentas de busca (que foram criadas unicamente para essa finalidade), como o Google. Os dados são de uma pesquisa recente da RD Station com números de 2022.  

Com tanta relevância assim, essas ferramentas se tornaram indispensáveis em uma estratégia de marketing. Por isso, é importante entender como as redes sociais funcionam, como ter bons resultados e, claro, como torná-las acessíveis para todas as pessoas. Nesse texto, vamos abordar especificamente o Instagram e formas de conseguir um maior alcance em um conteúdo usando os recursos de acessibilidade da forma correta, em especial a descrição de imagens.

O texto é longo, mas a explicação está bem detalhada para não ficar nenhuma dúvida!

SEO e ranqueamento no Instagram 

O termo SEO vem do inglês e significa Search Engine Optimization. Na tradução livre para o português, seria algo como otimização para mecanismos de busca. Essa otimização se dá por uma série de estratégias de melhorias no conteúdo e na estrutura de sites e blogs para que eles sejam reconhecidos e alcancem posições vantajosas nas buscas – fiquem no “topo do ranking” (é daí que vem a palavra ranqueamento, já adaptada para a língua portuguesa). 

Sabe quando você faz uma consulta sobre um determinado assunto no buscador e obtém de volta uma página cheia de resultados relacionados? As entregas da primeira página são conteúdos que foram bem estruturados e de qualidade.O tráfego que você gera dessa busca é orgânico, ou seja, não é pago em anúncios, o que é extremamente vantajoso para quem criou aquele produto digital.

Essa essência do SEO também pode ser aplicada nas mídias sociais. No próprio site oficial do Instagram é possível encontrar algumas informações sobre como a busca da rede funciona. Segundo eles, o aplicativo utiliza informações de contas, hashtags e lugares para classificar os resultados, que, em ordem de importância, são: o texto da pesquisa, a atividade de quem está fazendo a consulta e os dados dos resultados encontrados (a popularidade daquele conteúdo que vai ser sugerido).

O tal do algoritmo 

Mais acima citamos sobre aplicar a “essência” do SEO nas redes. Isso porque nas mídias sociais em geral e no Instagram, especificamente, não é só a busca que estabelece que tipo de conteúdo vai chegar até você, o algoritmo também vai influenciar e muito.

Seu conceito pode ser um pouco complicado, mas com exemplos fica mais fácil de entender: ele é um conjunto de instruções e regras para executar uma tarefa, como uma receita culinária ou um manual de instruções. No caso das redes sociais, seu uso é no processamento de grandes volumes de dados para, por exemplo, classificar conteúdos, fazer buscas mais eficientes e criar recomendações personalizadas.

Aqui, é importante entender que o Instagram não tem um único algoritmo e sim vários, cada um com um propósito específico. Porém todos eles têm um único objetivo: proporcionar uma experiência particular e proveitosa. Cada parte do aplicativo (Feed, Stories, Explorar, Reels) tem um algoritmo para se adaptar ao uso pessoal de cada um. Ou seja, cada parte faz classificações com base na forma que as pessoas a utilizam. 

E a descrição de imagens onde entra nessa história?

A descrição de imagem não é um recurso tão antigo assim no Instagram. Foi a partir de 2018 que eles começaram a sua implementação, primeiro com os textos alternativos automáticos e, só depois, com a criação de um espaço específico para preenchimento. Assim como em outras redes sociais, site ou até arquivos, como PDFs e páginas do Word ou Google Docs, o campo permite a inserção de um breve texto que conte o que está sendo exibido em uma imagem ou vídeo.

Na prática, usar essa funcionalidade significa que você pode ampliar o seu público, tornando seu conteúdo acessível para cerca de sete milhões de brasileiras e brasileiros com cegueira ou baixa visão que dependem do leitor de telas para a navegação. Além disso, esse recurso de acessibilidade também funciona para as buscas, ajudando a plataforma a entender melhor sobre o que se trata o conteúdo, o que, pela lógica, aumenta as chances dele ser indicado nos resultados.

Então, mesmo que você já tenha acompanhado por aí algum conteúdo que recomende o uso (equivocado) do texto alternativo para aumentar alcance e engajamento com a inserção de de palavras-chave e hashtags, que podem até ser relacionadas ao conteúdo, mas não descrevem o que está na imagem, saiba que além de não ser a forma recomendada para a acessibilidade digital, essa prática atrapalha e exclui as pessoas com deficiência visual.

Assista também ao vídeo que Valter Azevedo, especialista em mídia social, gravou com o objetivo de corrigir esse tipo de informação equivocada que circula no Instagram.

*Cris Marques é jornalista com longa experiência com produção e edição de conteúdo digital. Fernando Alberigues é estudante de Marketing e tem experiência com produção de conteúdo digital, técnicas de SEO e copywriting. Gisely Lucas, Carmen Justo, Álvaro Pedroso Filho, Gabriel Silva e Cleidiane Eloy contribuíram nas pesquisas para a produção desse conteúdo. Todas essas pessoas fazem parte da Liga Voluntária do Movimento Web para Todos. 


Leia também:

Outras novidades