Durante o mês de maio foram publicados nos nossos perfis de redes sociais 20 depoimentos de pessoas com deficiência que compartilharam exemplos de barreiras que enfrentam diariamente no universo digital.
Esta ação de conscientização sobre a urgência da acessibilidade digital fez parte da campanha em celebração ao Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade (Global Accessibility Awareness Day – GAAD, em inglês) realizada pelo Movimento com a colaboração de várias pessoas voluntárias. O GAAD foi comemorado este ano no dia 16 de maio.
Além dos depoimentos, foram divulgadas 10 sugestões de testes simples e rápidos para pessoas leigas no tema saberem se um site ou aplicativo seguem minimamente as diretrizes internacionais de acessibilidade. E, por fim, a campanha se encerra com uma série de informações e recomendações de como criar projetos digitais mais acessíveis e inclusivos para todas as pessoas. Afinal, acessibilidade é direito garantido por lei.
A seguir, você confere um compilado de todos os depoimentos organizados por temas e dos conteúdos educativos que fizeram parte desta campanha.
Chamada para ação
Abertura da campanha com explicação de Simone Freire, idealizadora do Web para Todos, sobre o GAAD.
Barreiras de acessibilidade para pessoas surdas
Depoimento de Alexandre Ohkawa, arquiteto, consultor e especialista em acessibilidade, diversidade e inclusão. Ele fala sobre o impacto da falta de legendas e Libras na comunicação online na vida de pessoas surdas.
Barreiras de acessibilidade em lojas virtuais
Depoimentos de Leonardo Gleison Ferreira, engenheiro de software; Claudemir Silva, QA em acessibilidade; e Cris Ratím, consultora em audiodescrição. Estas pessoas trazem reflexões sobre o impacto da falta de acessibilidade em lojas virtuais para quem tem cegueira, como é o caso delas.
Imagina se precisarem utilizar um e-commerce que não tenha descrição das imagens dos produtos, que tenha problemas de estrutura e navegação por teclado, sem menus ou links bem definidos e com formulários complexos. Complicado, não é mesmo?
Barreiras de acessibilidade em processos seletivos
Depoimento de Ghael Henrique Leite, designer, pesquisador e especialista em inclusão social educacional. Ele conta como ele, pessoa autista, já deixou de concorrer a vagas de trabalho por conta de barreiras de acessibilidade já na etapa de inscrição.
Barreiras de acessibilidade em máquinas de cartão
Depoimento de Fernando Campos, jornalista e escritor. Ele compartilha sua frustração quando precisa pedir ajuda de uma pessoa que enxerga para fazer o pagamento de suas compras nas “maquininhas de cartão” com telas sensíveis ao toque. E isso acontece devido à falta de acessibilidade nestes dispositivos.
Barreiras de acessibilidade em plataformas de ensino
Camila Domingues, Eduardo Araújo, Doriane Vasconcelos, Laisa Alves da Costa, Carlos Barbosa e Guido Warken Filho revelam o quanto as plataformas de ensino virtual ainda apresentam grandes barreiras de acessibilidade para as pessoas com deficiências variadas.
Barreiras de acessibilidade em painéis digitais de automóveis
Luciane Maria Molina Barbosa, integrante do Programa Lego Braille Bricks Brasil, professora de Braille e analista em acessibilidade digital, é proprietária de um Fiat Pulse Audace. Mesmo não sendo a condutora do seu carro, as barreiras de acessibilidade impedem, por exemplo, que ela regule com autonomia a temperatura do ar condicionado, entre tantas outras coisas.
Barreiras de acessibilidade em serviços públicos e no trabalho
Depoimentos de Gustavo Torniero, jornalista e ativista, Ademilson Costa, analista business de design e Filipe Ballico de Moraes, servidor do Ministério Público Federal. São pessoas cegas que enfrentam barreiras de acessibilidade em sites, inclusive em ambientes digitais do governo federal, onde muitas vezes precisamos acessar dados pessoais, como emissão de notas fiscais, registros civis, eleitorais, de propriedade, veículos etc.
Barreiras de acessibilidade em sistemas de biometria
Depoimentos de Lucas da Silva Aureliano, analista de design inclusivo; Caroline Roberta Bruno, psicóloga, pedagoga e advogada; e de Nathalia Blagevitch, especialista em diversidade e inclusão, advogada e psicóloga. Elas falam sobre as barreiras que encontram quando precisam usar biometria facial e outros recursos tecnológicos em aplicativos de bancos e outras empresas.
Barreiras de acessibilidade em captchas
Mileide Moreira é pedagoga, jornalista e consultora em audiodescrição. Ela conta como pessoas cegas como ela sofrem quando se deparam com sistema de verificação de segurança, como o captcha. A barreira fica ainda mais intransponível quando há necessidade de reconhecer caracteres ou imagens.
10 testes rápidos para testar acessibilidade em sites e aplicativos
Existem vários tipos de testes de acessibilidade que podem ser feitos dependendo da informação que você precisa saber. Há os mais aprofundados que analisam todas as falhas de acessibilidade e apontam sugestões de melhoria. Há outros mais simples que dão uma ideia inicial de como está o nível básico de acessibilidade de um site ou aplicativo. Estes são bem fáceis e rápidos de fazer e não exigem habilidades técnicas nem conhecimento específico sobre desenvolvimento.
Conheça os 10 testes rápidos acessando o link: https://mwpt.com.br/10-testes-rapidos-de-acessibilidade-para-fazer-em-sites-e-aplicativos/
Como criar projetos digitais acessíveis
Para finalizar a campanha do GAAD, nossa equipe de especialistas fez uma curadoria de conteúdos unindo conceitos, exemplos de barreiras digitais e dicas práticas de como eliminá-las. Assim, fecha-se o ciclo que começa na conscientização sobre o impacto do problema na vida das pessoas, passa pela checagem da existência dessas barreiras em seus próprios canais, e termina no aprendizado de como incluir acessibilidade desde a concepção do projeto e/ou como corrigir as falhas.
Aprenda a criar projetos digitais acessíveis clicando em https://mwpt.com.br/como-criar-produtos-digitais-mais-acessiveis/
Agradecimentos
O sucesso desta campanha se deve às pessoas embaixadoras do Movimento e as que fazem parte da Liga Voluntária que dedicaram seu tempo planejando os detalhes de cada atividade, gravando depoimentos, pesquisando, compilando conteúdo e organizando posts para mobilizar a população por meio das redes sociais.
São elas:
- Liderança de projeto: Rosemeire Cardozo Vidal e Thaís Castro
- Pesquisa e criação de conteúdo: Camila Bueno, Evelyn Onofre Lóssio, Ethiene Bilhalva, Gigi Villari, Natacsha Melo e Rafaela Ometto
- Depoimentos: Ademilson Costa, Alexandre Ohkawa, Camila Domingues, Carlos Barbosa, Caroline Roberta Bruno, Claudemir Silva, Cris Ratím, Doriane Vasconcelos, Eduardo Araújo, Fernando Campos, Filipe Ballico de Moraes, Ghael Henrique Leite, Guido Warken Filho, Gustavo Torniero, Laisa Alves da Costa, Leonardo Gleison Ferreira, Lucas da Silva Aureliano, Luciane Maria Molina Barbosa, Mileide Moreira e Nathalia Blagevitch.
- Criação de posts e gestão de redes sociais: Eli Maciel
- Designer: Regina Menezes, profissional especializada em “motion design” que cuidou de toda identidade visual da campanha, edição dos vídeos, legendagem e animações.