Oficinas e debates do Web para Todos aceleram a criação da cultura da acessibilidade nas organizações


Foto de homem negro em sala com estante de livros ao fundo. Ele apoia os braços sobre a mesa e olha para a tela do notebook à sua frente.
Criar a cultura de acessibilidade digital dentro da empresa é fundamental para quem quer tornar, de fato, seus canais digitais acessíveis. Foto: iStock

Um dos maiores desafios enfrentados por profissionais que lutam pela construção de uma web verdadeiramente mais inclusiva é o compartilhamento de conhecimento técnico sobre a temática.

Afinal, acessibilidade digital não se faz da noite pro dia, milagrosamente, num passe de mágica. É preciso conhecer e aplicar uma série de diretrizes durante o desenvolvimento dos projetos web considerando não só o lado técnico, como também o comportamental.

Entender como se dá a experiência das pessoas com as mais variadas deficiências ao acessar qualquer tipo de conteúdo online (seja um site, um app ou mesmo um simples post nas redes sociais), as principais barreiras que elas encontram (independentemente da limitação que possam ter) e, claro, como tornar o seu projeto web preparado para receber a visitação dessas pessoas.

Uma das nossas missões é mostrar que essa jornada é possível, não é um “bicho de sete-cabeças” e impacta positivamente não só os projetos e suas respectivas marcas, mas também as pessoas que estão envolvidas nessa transformação. 

“Quando mostramos, na prática, para um time de desenvolvimento, porque é importante contemplar, por exemplo, uma navegação pelo teclado fluida e consistente, tudo muda! Ao fazer com que a equipe navegue pela boca em seu próprio site – e não conseguir -, a empatia é imediata. Basta essa simples experiência para que esse grupo de especialistas adote essa e tantas outras premissas que vão fazer diferença na vida de milhões de pessoas que navegam por esses recursos”, explica Simone Freire, idealizadora do Web para Todos.

Além de capacitar tecnicamente o time envolvido nos projetos digitais, é extremamente importante que toda a organização entenda a importância de se adotar uma postura inclusiva também no digital. Rodas de conversa, palestras e debates são excelentes ferramentas de comunicação para envolver todo mundo e mostrar os benefícios que a acessibilidade digital promove em todas as áreas da organização, incluindo Marketing, Comunicação, Recursos Humanos, Vendas e Jurídico.

Um aspecto fundamental nessa jornada é envolver, em todas as frentes, especialistas com e sem deficiência. “Por mais que consigamos simular, por meio de testes e ferramentas variadas, a experiência de navegação de pessoas com as mais variadas deficiências, nada substitui os “perrengues” que ela enfrenta no dia a dia – e isso pra quem trabalha com acessibilidade é fundamental para evoluir no processo de aprendizado”, acrescenta a especialista.

Organizações como Electrolux, Unilever, Ultragaz, Basf, CIEE, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Bossabox, British Council,  e Internetlab são algumas das que nos contrataram nos últimos meses para se aprofundar tecnicamente nessa temática.

Já instituições como Centro Cultural do Banco do Brasil, Google, Facebook, Hand Talk, Canal Futura, Ambev e Tribunal Regional Eleitoral do Estado de  São Paulo, entre outras, contaram com a nossa participação em rodas de conversa e painéis enriquecedores com foco na conscientização de seus públicos internos, clientes e organizações parceiras.

Juntamente com nossa rede mobilizadora formada por organizações parceiras ligadas à causa, especialistas com e sem deficiência, um grupo incrível de voluntários e voluntárias e todo mundo que acompanha a gente nas redes sociais, estamos contribuindo efetivamente para a criação de uma sociedade mais inclusiva na web. 

E, por mais simples que seja, isso exige um entendimento de que acessibilidade digital envolve esforço, trabalho em conjunto, especialistas que entendam da temática e, acima de tudo, queiram criar projetos verdadeiramente inclusivos – e não optar por caminhos mais práticos, que certamente não eliminarão as barreiras para quem realmente usa as tecnologias assistivas para navegar.

Quer saber mais como podemos ajudar você nessa jornada? Manda um e-mail pra gente! 


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