O Movimento Web para Todos celebra hoje as pessoas que dedicam seu tempo e talento para tornar a web mais acessível e inclusiva. O programa de voluntariado, chamado Liga Voluntária, está em seu quarto ano e reúne cerca de 180 pessoas de perfis e regiões diferentes do Brasil. Mas todas têm algo em comum: o desejo genuíno de criar uma web sem barreiras.
A Liga surgiu a partir da demanda da própria comunidade e, desde então, tem testado diferentes formas de contribuição. “No começo, estruturamos tudo direitinho, definimos fluxo de trabalho, distribuímos projetos etc. Mas aí, percebemos diferentes possibilidades de contribuição e que valia a pena ampliar o escopo, propondo formas de participação que não fossem necessariamente ligadas à execução de projetos”, lembra Suzeli Damaceno, coordenadora do Movimento.
Ser pessoa voluntária na Liga significa doar tempo e experiência criando conteúdos para a biblioteca digital e o blog, participando de testes de usabilidade, mobilizando redes de contatos, compartilhando conhecimento sobre acessibilidade digital, estimulando colegas a produzir serviços e produtos acessíveis, trocar experiências, entre outras atividades.
“É muito emocionante ver o quanto essas pessoas estão engajadas e com vontade de contribuir ativamente para que todo mundo tenha acesso e usufrua da web. Ter o Web para Todos como um canal para concentrar e direcionar essa energia, é algo maravilhoso e além do que eu poderia imaginar no lançamento do Movimento em 2017”, comenta Simone Freire, idealizadora do WPT.
Para retribuir a dedicação voluntária de tanta gente, são realizadas reuniões bimestrais com temas diversos, mas sempre ligados ao universo da acessibilidade digital. Dessa forma, as pessoas podem replicar esse conhecimento entre sua rede e, assim, aceleramos o processo de criação de cultura de acessibilidade digital pelo país.
O grupo no WhatsApp também funciona como ambiente de troca de ideias e divulgação de iniciativas públicas e privadas relacionadas ao tema. “Temos ali pessoas que dominam as diretrizes de acessibilidade digital e outras que estão tendo acesso a elas pela primeira vez. Isso faz com que a gente saia do ‘tecniquês’ e busque sempre tratar o assunto de forma simples. E é por isso que temos conseguido levar essa temática para lugares que nunca tinham tido acesso a esse tipo de conteúdo”, explica Suzeli.
Representantes da Liga já mobilizaram pessoas em faculdades de design, administração, engenharia da computação, marketing, jornalismo; em tribunais de justiça; instituições públicas e privadas; associações e grupos de profissionais independentes; equipes de pesquisa acadêmica, entre outros.
“Por isso que dedicamos esse Dia Nacional do Voluntariado para agradecer mais uma vez a cada uma dessas pessoas da Liga por estarem com a gente nessa missão, por não desistirem diante das inúmeras dificuldades e preconceitos que ainda geram barreiras tanto no digital quanto no mundo físico. Vocês são a alma do Movimento Web para Todos”, celebra Simone.