Cores e acessibilidade: dicas para não errar em seus projetos digitais


Foto em close de uma pessoa usando um computador. Na tela do aparelho e sobre a mesa, há a imagem de paletas coloridas diversas.

Quem trabalha com design sabe que a combinação das cores de um produto digital (layout de site, interface de aplicativo ou artes para redes sociais, por exemplo) é muito importante para transmitir a identidade da marca, melhorar a experiência da pessoa que acessa aquele material e, claro, chamar a atenção. Mas é necessário seguir algumas recomendações para garantir a acessibilidade digital.

O uso de cores da forma incorreta não prejudica apenas a navegação de quem tem daltonismo, atrapalhando também a experiência de quem tem deficiência cognitiva neuronal ou de aprendizagem e baixa visão. Além disso, também pode gerar estresse e desconforto visual para todas as pessoas (com e sem deficiência).

Como tornar as cores acessíveis?

Em um artigo para o site Medium, Marília Gabriele Suzart, desenvolvedora, autista que tem hiperfoco em acessibilidade e uma de nossas queridas voluntárias, descreveu os erros mais comuns no uso de cores e deu dicas muito legais para garantir a acessibilidade. Listamos algumas delas aqui para te ajudar em seus projetos. Confira:

1. Use o contraste mínimo de 4:5:1 como base 

O valor mínimo exigido pela WCAG para o contraste entre as cores é de 4.5:1. Então, a dica é sempre testar as combinações com ferramentas que permitam essa checagem, como a Color Contrast Analyzer e a Color Contrast Checker.

2. Pense no contraste em diversos fundos e não apenas no branco

Ao longo de um projeto, é comum que algumas coisas mudem, ganhem outros layouts e até cores novas. Por isso, na hora de testar o contraste, é preciso levar em consideração outras possibilidades de cores de fundo além do branco.

Outra recomendação importante é sempre documentar as duas cores testadas e aprovadas. Assim, você tem esse registro e mais de uma opção se precisar fazer alguma mudança e outras pessoas da equipe também podem acessar essa informação.

3. Além da cor, utilize outros recursos para enfatizar uma informação

É comum encontrar em mapas ou gráficos, por exemplo, informações que são interpretadas apenas pela cor utilizada. Essa é uma barreira comum de navegação para quem enxerga as cores de uma maneira diferente. Por isso, a premissa básica é sempre ter mais de uma forma de transmitir uma mensagem.

Para deixar sua visualização de dados mais acessível, por exemplo, você pode usar legendas diretamente sobre a imagem, gráficos e símbolos ou texturas, linhas e traços diversos.

4. Garanta o contraste entre fundo e texto em diversos modos de exibição

Se o seu aplicativo ou site possui mais de um modo de exibição, como claro ou escuro ou reduzir a transparência, você precisa garantir que o contraste entre as cores também funcionará caso a pessoa escolha essa opção. 

5. Tente reduzir o esforço cognitivo

Manter uma constância no uso de cores do seu projeto pode ajudar a navegação de pessoas neurodiversas. Um exemplo é manter todos os links com a mesma cor e seguir sempre um mesmo padrão para os títulos e elementos textuais. 

Usar cores intuitivas (como vermelho para erro e verde para certo) também melhora a experiência dessas pessoas.

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