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Simone Freire está em pé, falando na frente de diversas pessoas sentadas, em uma sala. Ao fundo, há uma imagem projetada na parede.
Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos, durante sua palestra na Social Media Week São Paulo. Foto: Movimento Web para Todos.

Esse foi o tema da palestra da Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos, na Social Media Week São Paulo (SMWSP) no dia 11 de setembro.

O SMWSP é um dos maiores eventos de comunicação digital do Brasil e a edição deste ano contou com mais de 270 palestras distribuídas ao longo de cinco dias.

Preparamos um resumo do conteúdo apresentado, caso você não tenha assistido a essa palestra ou queira rever algum trecho específico.

Um pouco de história

Simone abriu a conversa dando um breve relato de como foi sua jornada profissional até os dias de hoje. Jornalista especializada em tecnologia, ela trabalhou em jornais, revistas e portais cobrindo todas as novidades relacionadas a essa área que começavam a chegar no Brasil.

Até que um dia ela resolveu empreender e o essencial era fazer algo com propósito. Foi daí que surgiu a Espiral Interativa, agência digital com foco em causas que Simone criou há cerca de 10 anos. E um de seus primeiros clientes foi a Fundação Dorina Nowill, que encomendou serviços de criação de um site acessível e que pudesse ser operado por profissionais cegos e com baixa visão. Logo depois, veio o Instituto Mara Gabrilli, solicitando um portal acessível para navegação de pessoas com deficiência motora.

Ninguém falava sobre acessibilidade naquela época, mas Simone e sua equipe não mediram esforços para se aprofundarem no tema. E aprenderam todas as diretrizes internacionais para fazer sites acessíveis a todos, a WCAG – Web Content Accessibility Guide (em português significa Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web).

Exclusão digital

Simone apresentou os números nacionais e globais de pessoas com algum tipo de deficiência e como a navegação por parte dessas pessoas é feita . Vale a pena assistir a gravação de sua palestra na Social Media Week São Paulo e acompanhar os exemplos que ela apresentou.

Em relação ao número de pessoas com deficiência: no Brasil, há cerca de 45 milhões e, no mundo, há 1,3 bilhão. Essas pessoas encontram muitas barreiras de acesso na web. Isso pode impedir ou dificultar bastante a navegação tanto em sites quanto em lojas virtuais, portais de ensino a distância, redes sociais, bancos, aplicativos, entre outros.

É preciso pensar também em acessibilidade no mundo digital. Esse deveria ser o ambiente mais inclusivo de todos, já que permite acesso a locais e informações que nunca havíamos pensado antes. No entanto, apenas 5% dos sites brasileiros são acessíveis, segundo estimativa do W3C Brasil.

O que é um site acessível?

É aquele bom para todo mundo! É aquele que é fácil de navegar, intuitivo, com conteúdo claro e objetivo. Sites e aplicativos acessíveis seguem as diretrizes da WCAG 2.1 em conteúdo, design e programação. Os profissionais que atuam nessas áreas precisam estar em harmonia para que o trabalho de um complemente o outro. Assim, o usuário terá acesso a uma experiência de navegação simples e com total autonomia.

Sites acessíveis precisam ter descrição nas imagens, janela de Libras, legendas e audiodescrição nos vídeos, serem preparados para navegação feita por teclado, contraste adequado, entre outras ações. Sites acessíveis não podem ter aqueles banners ou pop-ups invasivos (que aparecem no meio da tela sem a nossa permissão). Seus formulários precisam funcionar direito e nada de captchas!

Vamos mudar este cenário

No final da palestra, Simone fez um convite especial aos participantes para que busquem mais informações técnicas e comecem a praticar a empatia desde já. E, especificamente às pessoas com deficiência, deu a dica de se exporem mais e cobrarem seus direitos de acesso à web.

Isso é garantido por lei! Há um trecho específico dentro da Lei Brasileira de Inclusão, o artigo 63 da LBI 13.146, que determina que todos os sites de empresas com representação no Brasil sejam acessíveis a pessoas com deficiência.

E se as empresas quiserem um incentivo a mais para adaptarem seus sites, é só olharem para o mercado em potencial que estão deixando de atender. Só no Brasil, o poder de compra anual das pessoas com deficiência e suas famílias é de R$ 22 bilhões. Em tecnologias assistivas, essas pessoas investem anualmente R$ 5,5 bilhões. Esses são dados do relatório de 2017 do Grupo Cipa Fiera Milano, responsável pela Reatech.

Quer aprender mais sobre acessibilidade digital?

Nesta nota, apresentamos apenas um resumo rápido de uma palestra de uma hora. Se você quiser ter acesso ao conteúdo completo, abaixo, assista à gravação feita pela organização da Social Media Week São Paulo. O vídeo conta com legenda.

Se você quiser se aprofundar ainda mais neste tema, participe do nosso curso de marketing acessível na ESPM. Vamos abordar os conceitos gerais sobre acessibilidade no mundo físico e online, e aprofundaremos as técnicas para tornar os canais digitais das marcas mais acessíveis. Durante todo curso, discutiremos o impacto dessa nova postura inclusiva na estratégia de marketing das empresas e como elas poderão ampliar seu mercado de atuação.

INFORMAÇÕES PARA INSCRIÇÃO NO CURSO DE MARKETING DIGITAL ACESSÍVEL

Nome do curso presencial: “Acessibilidade: por que devo me preocupar com isso?”
Data e horário: dias 3 (quinta-feira) e 4 (sexta-feira) de outubro das 19h30 às 22h30; e dia 5 (sábado) de outubro das 9h às 12h
Local: ESPM da Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana, São Paulo (SP)
Confira o link de inscrição para saber mais detalhes sobre o curso: http://bit.ly/2lWx8O1

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