No final de setembro, em todo o Brasil, aconteceram diversos eventos de conscientização para lembrar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09). Um deles foi o seminário internacional “Acessibilidade e Inclusão: Expressão da Cidadania”, realizado nos dias 20 e 21 de setembro, na Escola de Governo do Tribunal de Contas da União (TCU), o Instituto Serzedello Corrêa (ISC), em Brasília (DF). O evento foi organizado pelo Tribunal de Contas da União em parceria com outras instituições.
Uma das palestrantes foi Izabel Loureiro Maior, professora universitária e médica, que falou sobre algumas barreiras para as pessoas com deficiência. Segundo ela, o preconceito e a discriminação ainda são barreiras para as pessoas com deficiência e criam obstáculos como a falta de oportunidades no mercado de trabalho e o acesso à educação formal, apesar das políticas de reservas de vagas destinadas a esse grupo minoritário.
A tecnologia foi um dos pontos de destaque do seminário. Durante o evento, o americano James Thurston, vice-presidente executivo da Global Initiative for Inclusive Information and Communication Technologies (G3ict), apresentou dados da entidade sobre o progresso de leis de inclusão digital das pessoas com deficiência.
Segundo o levantamento, 78% dos países têm estruturado um órgão dedicado especificamente às pessoas com deficiência. Ele afirmou que, em algumas áreas, como compras e contratos públicos e ensino primário e secundário, muitos governos já formularam políticas públicas, mas não as põem em prática.
Quando o assunto é tecnologia assistiva – adaptada às necessidades de pessoas com deficiência – para estudantes universitários, apenas 27% dos países têm ações nessa área. Outro destaque: entre os sites governamentais oficiais, menos da metade (45%) são acessíveis às pessoas com deficiência, percentual significativamente menor (14%) quando avaliados os sites de empresas.
Com informações da Agência Brasil.