“Para termos um bom futuro da acessibilidade digital, é essencial que o básico seja resolvido”, afirmou Simone Freire, nossa idealizadora, durante a Conferência Web.br 2019 na quarta-feira (30/10).
Ela foi uma das participantes do workshop “O futuro da acessibilidade digital”. O bate-papo contou também com a presença da Bruna Salton, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), e do Ronaldo Tenório, da Hand Talk. O moderador foi Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento web no Ceweb.br/W3C Brasil.
Durante a conversa, Simone mencionou um dos dados do 3º estudo de acessibilidade do Movimento Web para Todos. “Não dá para investirmos e pensarmos só em tecnologias futuristas enquanto 99% dos sites brasileiros continuarem apresentando sérias barreiras de navegação. Isso é básico para a inclusão digital e social”, disse.
Os participantes enfatizaram a importância da pessoa com deficiência participar desse processo de transformação e exigir seus direitos na web. Eles concordaram também que é preciso aumentar a cultura de acessibilidade digital para que os sites e aplicativos sejam acessíveis desde o início. E que os agentes transformadores dessa mudança são as pessoas que desenvolvem os sites e os aplicativos.
Na platéia, Vagner Diniz, Gerente geral do W3C Brasil, destacou a formação dos profissionais para que aprendam mais sobre acessibilidade digital e também mencionou a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) rumo à transformação .
“É urgente a criação de mais cursos de formação em acessibilidade digital e mais desenvolvedores (programadores, designers e conteudistas) especializados. É urgente também que a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) seja regulamentada para apoiar a fiscalização e dar um norte mais claro às empresas que queiram se adequar. Há uma vontade, mas há também muitas dúvidas nesse sentido”, enfatizou.