Ceweb.br publica a versão em português do WCAG 2.2


Foto de Reinaldo Ferraz, gerente de projetos do Nic.br e especialista em acessibilidade digital, no placo do auditório do Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo. Ele está com microfone, atrás de um púlpito, olhando para o telão no fundo com a projeção de parte da página web da versão em português do WCAG 2.2.
Reinaldo Ferraz, especialista do Ceweb.br, fala sobre a publicação do WCAG 2.2 traduzido durante evento de comemoração dos 10 anos da instituição | Foto: arquivo pessoal

O documento Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) 2.2, desenvolvido pelo W3C (World Wide Web Consortium) com a colaboração de pessoas e organizações em todo o mundo, acaba de ganhar uma tradução autorizada para português do Brasil.

A publicação foi lançada nesta quinta-feira (27) durante o evento de comemoração dos 10 anos de operação do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

As diretrizes oferecem um compartilhamento de práticas que ajudarão a tornar os conteúdos das páginas web mais acessíveis para pessoas com deficiência. O trabalho de tradução contou com a revisão de especialistas em acessibilidade digital, incluindo do Movimento Web para Todos. Essa é a terceira tradução autorizada de materiais do W3C em português do Brasil, também feita pelo Ceweb.br.

O W3C é um consórcio internacional que desenvolve padrões para a web, como HTML, CSS e SVG. Todos esses padrões devem contemplar a acessibilidade. Para isso há documentos técnicos que orientam como fazer uso desses padrões sem criar barreiras de acesso para pessoas com deficiência.

É o caso das WCAG 2.2, que são uma atualização das Diretrizes Internacionais de Acessibilidade, e cujas recomendações cobrem uma ampla variedade de deficiências, incluindo as visuais, auditivas, físicas, de fala, intelectuais, de linguagem, de aprendizagem e neurológicas. A tradução autorizada do WCAG 2.2 é considerada oficial, com o selo W3C.

As WCAG 2.2 ampliam as WCAG 2.1, publicadas em junho de 2018, ao adicionarem novas funcionalidades que envolvem a operação da página (por exemplo, orientações para aplicações que fazem uso de movimentos de “arrastar e soltar”), e a compreensão do conteúdo (como recomendações para facilitar o preenchimento de dados, e autenticação acessível). As diretrizes são utilizadas por um público diverso, que inclui profissionais de programação, design, conteúdo, direito, entre outros.

Reinaldo Ferraz, gerente de projetos no Ceweb.br|NIC.br e coordenador da tradução, explica a importância de sítios e portais seguirem as recomendações de acessibilidade do W3C. “A falta de conformidade com as diretrizes faria com que navegadores não convencionais e tecnologias assistivas, recursos usados por pessoas com deficiência, interpretem incorretamente o código de uma página Web, criando barreiras de acesso que comprometem a experiência de navegação dessa população. Essa é uma tradução das diretrizes que tem a chancela do W3C internacional e da comunidade técnica local, que fez um cuidadoso trabalho de revisão. Uma tradução para português, autorizada, certamente ajudará a aumentar a adesão às WCAG 2.2 no país.”

Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br|NIC.br, acrescenta que, por ser uma tradução autorizada, políticas de conformidade de empresas e governos poderão adotar o documento. “As novas diretrizes abordam a acessibilidade do conteúdo da Web em diferentes dispositivos, como computadores de mesa, notebookstablets e celulares. A participação do Ceweb.br nos trabalhos de tradução das WCAG 2.2 está totalmente alinhada à nossa missão de desenvolver e fortalecer a Web no Brasil, tornando-a realmente universal e acessível a todos, sem exceção”.

O W3C São Paulo Chapter – o primeiro do Hemisfério Sul – é hospedado pelo NIC.br.

*Reportagem produzida com informações do Ceweb.br.


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