4 anos de Web para Todos

Profissionais de diversas especialidades buscam mais conhecimento sobre acessibilidade digital e estimulam mudanças nas empresas


Mosaico com prints de tela de nove eventos diferentes que participamos ou conduzimos. Há cerca de 40 pessoas diversas em janelas distintas de chamadas em vídeo. A maioria sorri.

Se quiséssemos destacar um único ponto que mais marcou esse quarto aniversário do Movimento, diríamos que foi o interesse das pessoas em aprender mais sobre acessibilidade digital para adequar seus canais virtuais.

O cenário de isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, a readequação de hábitos do ambiente físico ao digital e o clamor cada vez mais intenso da sociedade por mais inclusão e valorização da diversidade foram alguns dos principais impulsionadores para essa mudança de comportamento que observamos.

Só neste ano, até o momento, ministramos cerca de 40 oficinas técnicas de acessibilidade digital para profissionais de organizações dos mais variados setores, como indústrias de bens de consumo, alimentícia e automobilística, agências de comunicação e marketing, universidades, fundações empresariais, museus, entre outras. Isso sem contar as dezenas de encontros virtuais, eventos, lives e palestras que ministramos no período – e as diversas outras que já estão programadas para acontecer ainda neste ano!

Comemoramos muito esse resultado, pois mostra que parte do mercado começa a avançar de forma mais sustentável no que chamamos de “jornada pela acessibilidade digital”. Sustentável porque há o interesse em praticar a empatia e entender as barreiras que impedem muita gente, especialmente as que têm algum tipo de deficiência, de usufruírem de tudo o que a web nos proporciona. E quando há esse entendimento, o caminho natural é o de querer corrigir esses problemas e praticar de fato o que pregam as políticas corporativas de diversidade e inclusão.

É isso que temos percebido neste 4º ano de aniversário do Web para Todos. “Sabemos que o processo de criação de cultura é longo e leva mais tempo do que gostaríamos. Mas é gratificante ver a evolução do mercado nestes últimos 4 anos, que começa a sair da zona de curiosidade para a de ação”, destaca Simone Freire, idealizadora do Movimento.

“Nosso papel é expandir e popularizar o conhecimento sobre acessibilidade digital para os mais diversos setores e abrir espaço para que especialistas no tema e pessoas com deficiência compartilhem mais abertamente suas experiências na web. Assim, o mercado vai amadurecendo aos poucos e todo mundo sai ganhando”, completa Simone.

Mesmo de maneira tímida, é possível acompanhar essa evolução quando comparamos os últimos estudos de acessibilidade em sites conduzidos por nós em parceria com a  BigDataCorp e o W3C Brasil. Na edição deste ano da pesquisa, registramos um crescimento de 20,74% no volume de sites que obtiveram sucesso em todos os testes.

Mapeamos também um interesse crescente pelo serviço gratuito de análise básica de acessibilidade de páginas que oferecemos na nossa plataforma – as consultas têm envolvido sites dos mais variados portes e perfis, comprovando que a temática está se popularizando para além de grandes marcas ou áreas específicas ligadas à tecnologia.

Nossas redes sociais têm crescido organicamente, com a ajuda da própria comunidade de especialistas, organizações parceiras e perfis interessados em se aprofundar mais na temática. Como reflexo desse engajamento, tem crescido também a busca por conteúdos educativos que publicamos em nossa plataforma. 

Outro fato curioso é o aumento considerável de pessoas interessadas em oferecer trabalho voluntário em troca de mais conhecimento sobre as diretrizes de acessibilidade. “Isso só reforça nossa missão e nos enche de energia para continuarmos estimulando o mercado a não ignorar mais o impacto negativo da falta de acessibilidade digital para a nossa sociedade como um todo”, conclui Simone.


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