Episódio 48 - Como neutralizar o masculino genérico de forma acessível e inclusiva


Transcrição deste episódio

VINHETA: Agora na rádio ONCB, o UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão.

ELI MACIEL: Olá! Sou a Eli Maciel, Gerente de Pessoas e de Projetos de Comunicação na Espiral Interativa, agência de comunicação digital idealizadora do Movimento Web Para Todos. Tudo bem? Vamos conversar sobre um tema bastante debatido nos dias de hoje?

Sabemos que na língua portuguesa falada no Brasil, quando o assunto são as regras de concordância, o gênero masculino predomina em diversas circunstâncias, correto?

Por exemplo, quando existem substantivos de gêneros distintos, a norma prevê que o adjetivo fique no masculino plural.

Na era da conscientização de estereótipos e vieses de gênero, quando debatemos sobre a linguagem neutra, diversa e inclusiva, existe uma tendência de pensar no uso de substantivos terminados em e, ou x, que além de não terem sido oficializados, não são acessíveis para alguns tipos de deficiência como a visual (por conta dos leitores de tela) e algumas deficiências cognitivas ou de aprendizagem, como a dislexia e o autismo.

Mas já adianto que há uma fórmula muito mais simples: a nossa língua é riquíssima em opções já conhecidas que podem substituir palavras e marcadores de gênero sem grandes dificuldades, sem alterar o idioma da forma como o conhecemos e sem excluir ou invisibilizar quaisquer grupos humanos.

Vou te ajudar com alguns exemplos.

Ao invés de dizer “Sejam bem-vindos”, diga “Olá!”, “Bom dia”, “Boa tarde”, “Boa noite” e complemente com “que bom que vocês estão aqui”, ou “fico feliz com tantas pessoas presentes”.

Ao invés de dizer “a acessibilidade é boa para todos”, basta dizer “a acessibilidade é boa para todas as pessoas”. Esta é uma forma de representar a coletividade, assim como usar “juventude” ao invés de “os jovens”, “estudantes” ao invés de “os alunos”, “diretoria” ao invés de “os diretores”, “lideranças” ao invés de “os líderes”, “pessoas voluntárias” ao invés de “os voluntários”.

Você pode dizer “Para ter colaboradores felizes, tenha uma gestão humana”, ao invés de dizer “Para ter funcionários satisfeitos, tenha chefes humanos”, por exemplo.

Muito mais simples do que você imaginava, né? Siga acompanhando a gente nas redes sociais e na rádio por uma sociedade mais diversa e inclusiva para todas as pessoas. Até a próxima.

VINHETA: Você ouviu UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão. Rádio ONCB.