Transcrição do episódio
VINHETA: Agora na rádio ONCB, o UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão.
ELI MACIEL: Olá, meu nome é Eli Maciel. Sou gerente de pessoas e de projetos de comunicação na Espiral Interativa, a agência de comunicação digital idealizadora do Movimento Web Para Todos.
Segundo dados do IBGE de 2010, mais de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, sendo a mais comum a deficiência visual, que atinge 3,5% da população. Isso equivale a 6,5 milhões de pessoas com cegueira ou baixa visão. No Brasil, há também cerca de 10 milhões de pessoas surdas, representando quase 5% da população.
Agora, eu pergunto: como todas essas pessoas podem acessar e consumir os conteúdos em vídeo que são postados o tempo todo nas redes sociais? Já se perguntou isso? Se não, acho que agora é a hora. Afinal, tornar um canal acessível é muito mais fácil do que você imagina.
Comece pelas suas páginas. Incentive amigos, parceiros, empresas e organizações a fazerem o mesmo. Afinal, não estamos falando apenas sobre facilitar o acesso de todas as pessoas a esses conteúdos e democratizar os ambientes virtuais; estamos falando de cumprir a lei, sim. Por isso, vale a pena conhecer um pouco mais sobre a Lei Brasileira de Inclusão.
Vamos falar sobre como tornar os vídeos acessíveis, então? Todos eles deveriam ter legendas descritivas, que incluem os textos e os ruídos presentes no vídeo, além de audiodescrição, que narra em áudio as imagens que aparecem, e Libras, a língua brasileira de sinais. Esse seria o mundo ideal para atender as pessoas com deficiência visual e auditiva. Mas, até que isso se torne comum, é importante fazer a descrição do vídeo.
Coloque uma sinopse que descreva o conteúdo no seu post. A descrição pode ser mais detalhada em formato de resumo. Descrições quadro a quadro podem se tornar cansativas para quem ouve e até gerar desinteresse pelo vídeo. Esse resumo deve conter uma descrição geral do cenário do vídeo e como é a sequência de imagens. Lembre-se de destacar as imagens que são importantes para que pessoas cegas e com baixa visão entendam bem o contexto da informação que está sendo transmitida.
Outra dica importante: a sinopse dos vídeos não deve ser uma cópia de um trecho do conteúdo que já está presente no texto, pois quem utiliza a ferramenta de leitura de tela receberá a informação duplicada, o que pode causar desconforto e confusão ao usuário. Sempre que possível, prefira a publicação de vídeos curtos com mensagens diretas. Atenção à qualidade da imagem e do som.
E aí, mais fácil começar agora com essas orientações, não é? Não tenha medo de errar. Com o tempo, seu conhecimento e suas habilidades irão se aprimorar, eu garanto. Até a próxima.
VINHETA: Você ouviu UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão. Rádio ONCB.