Transcrição deste episódio
VINHETA: Agora na rádio ONCB, o UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão.
ELI MACIEL: Oi, pra você que não me conhece, eu sou a Eli Maciel. Sou gerente de pessoas de projetos de comunicação na Espiral Interativa, agência de comunicação digital idealizadora do Movimento Web Para Todos. Tudo bem?
Você conhece a cartilha Somos Plurais? Uma publicação incrível que foi produzida ao longo de 2020, a partir de conversa com cerca de 40 pessoas, com e sem deficiência, de diversas áreas de atuação. Se você não conhece, tudo bem, eu vou te contar o que é.
O Instituto Alana e o Itaú Cultural lançaram esse material, que teve participação do Movimento Web Para Todos, para compartilhar conceitos, dicas e orientações que possam ajudar organizações no início da jornada pela acessibilidade de forma sustentável.
A principal ideia da cartilha é a criação de uma nova cultura que valorize a diversidade. Quando essa postura é estabelecida, todos os projetos, digitais ou não, passam a ser desenvolvidos com a proposta do desenho universal, ou seja, da inclusão. Na Somos Plurais, há também depoimentos de pessoas com diversos tipos de deficiência sobre as barreiras que encontram no universo físico e digital, além dos impactos disso em suas vidas.
É possível perceber como grande parte dessas barreiras é criada pela falta de acessibilidade atitudinal. A primeira parte da cartilha traz os principais fatos que marcaram a história sobre acessibilidade no Brasil. Antigamente, não havia reflexão sobre os direitos das pessoas com deficiência.
As ações para essas pessoas eram de cunho assistencialista e totalmente excludente. Isso foi mudando ao longo do tempo com o surgimento de movimentos sociais e, a partir de então, felizmente, a deficiência passou a ser compreendida como uma característica humana. Logo em seguida, há um resumo de 12 marcos legais desde o ano de 1986, com hiperlinks para conferir os detalhes de cada lei relacionada às pessoas com deficiência.
Um deles é quando o Brasil assinou, em 2006, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Os princípios da convenção, é sempre bom lembrar, são a autonomia, a liberdade para fazer as próprias escolhas, a não discriminação, a participação, a inclusão social e o respeito pelas diferenças. O Movimento Web Para Todos compactua com esses princípios e as ações realizadas têm sempre o objetivo de reforçar a importância de se fazer valer esses direitos também no ambiente digital.
A publicação traz ainda orientações e dicas bem práticas sobre como planejar o orçamento, destacando o que é ideal e sempre pensando nisso no momento do planejamento, pois essa decisão interfere em várias outras, como, por exemplo, a escolha do local de um evento, o formato do evento e a forma de divulgação. Por fim, há um passo a passo com sugestões de boas práticas que podem ser adotadas por todas as organizações com o objetivo de respeitar o direito à acessibilidade. Há 40 dicas que ajudam profissionais a tornarem mais acessíveis as redes sociais, publicações digitais, publicações impressas, exposições de arte, apresentações ou palestras presenciais.
As ideias foram reunidas durante as atividades coletivas, com base em diretrizes já reconhecidas e na experiência das pessoas que participaram das rodas de conversa. Acesse, gratuitamente, a cartilha em pdf, ou então em libras, em somosplorais.com.br. E conta pra gente a sua opinião. Até a próxima.
VINHETA: Você ouviu UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão. Rádio ONCB.