Episódio 25 - Barreiras que pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva enfrentam na web


Transcrição do episódio

VINHETA: Agora na rádio ONCB, o UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão.

ELI MACIEL: Oi, tudo bem? Meu nome é Eli Maciel, e a gente já se cruzou por aqui outras vezes. Mas, para quem não me conhece, eu cuido da gestão de pessoas e de projetos de comunicação na Espiral Interativa, agência de comunicação digital idealizadora do Movimento Web Para Todos.
Você sabia que o Brasil tem quase 3 milhões de pessoas com deficiência intelectual em algum grau? Pois é. A pessoa com esse tipo de deficiência tem as áreas cognitivas afetadas, apresentando dificuldade na atenção, compreensão, memória visual ou auditiva e raciocínio.

Você conhece alguém assim? Caso sim, você deve saber que, diferente do que muita gente pensa, essas dificuldades não impedem e nem devem impedir que as pessoas levem uma vida normal. O que atrapalha são as barreiras encontradas: barreiras físicas, psicológicas, tecnológicas e digitais. Isso sem falar nas barreiras atitudinais.

Para te ajudar e para que, depois de ouvir esse podcast, você dissemine esse novo conhecimento com quem conhece, vou listar algumas barreiras de navegação na internet enfrentadas por pessoas com deficiência intelectual. Bloco de notas ativado? Vamos lá!

A falta de clareza e consistência na organização das páginas de um site, por exemplo, pode ser um impeditivo grave para alguém com deficiência intelectual. Utilização de linguagem complexa sem necessidade? Ao invés disso, use palavras simples. Evite figuras de linguagem. Escreva frases curtas. Parágrafos muito extensos, evite. Períodos com 20 ou 25 palavras são mais do que o suficiente.

Abreviaturas e palavras incomuns sem uma explicação? Nem pensar! Explique aquilo que não for comum, como termos técnicos, e sempre diga o que cada abreviatura quer dizer.

Imagens complexas sem explicação textual? Prefira não usar. Caso não seja possível eliminar tais imagens, elas devem vir com uma contextualização que faça sentido. E o uso de imagens piscantes ou áudio em uma frequência que cause desconforto? Não use. Ao expor um usuário a esses elementos, você pode, por exemplo, causar uma crise epilética em alguém. Melhor não arriscar e prezar pelo bem-estar e segurança de todas as pessoas que consomem o seu conteúdo.

Se você encontrar alguma dessas barreiras de navegação em algum site, conte pra gente nas redes sociais do Movimento Web Para Todos. Ao fazer essa escolha, você contribui diretamente para a causa da acessibilidade na web.

Um beijo virtual e até a próxima!

VINHETA: Você ouviu UX da Inclusão. Tudo sobre acessibilidade web com a equipe do Movimento Web para Todos. UX da Inclusão. Rádio ONCB.