Direitos da pessoa com deficiência é um dos destaques do 9º Fórum da Internet



Quatro pessoas em pé, abraçadas uma do lado da outra, sorrindo.
Simone Freire ao lado Lael Nervis, do IFRS; Leonardo Gleison, da Laramara; Simone Freire, do WPT, e César Gonçalves do Bomfim, do Ministério da Economia – Secretaria de Governo Digital.

Leonardo Gleison é cego e enfrenta diversas dificuldades para exercer seu poder de cidadania, principalmente de consumo online. Na sexta-feira (4/10), ele representou a Laramara durante o painel “Como a violação de direitos da pessoa com deficiência na rede afeta sua autonomia e independência” no 9º Fórum da Internet, em Manaus (AM). Gleison apontou diversas situações das quais já teve os seus direitos de consumo e de uso de serviços online limitados.

O encontro contou com um representante de cada setor para discutir a violação de direitos das pessoas com deficiência no uso e consumo de produtos e serviços na rede. Além do Leonardo, o painel teve os seguintes participantes:

– Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos e fundadora da Espiral Interativa, representou o setor empresarial;
– César Gonçalves do Bomfim, do Ministério da Economia – Secretaria de Governo Digital, representou o setor governamental;
– Lael Nervis, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), representou a comunidade Científica e Tecnológica;
– Jefferson de Oliveira Silva, do NIC.br, foi o relator;
– Amanda Marques, do NIC.br, foi a moderadora.

barreiras e Possibilidades

Quais são os desafios que impedem que acessibilidade seja considerada premissa básica do acesso à rede? Ao longo do encontro, os participantes buscaram identificar essa questão e as dificuldades técnicas, burocráticas e legislativas relacionadas à falta de implementação de técnicas internacionais de eliminação de barreiras de acesso para pessoas com deficiência.

A falta de autonomia com as barreiras na web foi um dos assuntos destacados durante o painel. Leonardo compartilhou que os desafios de consumir produtos na internet ficam evidentes também ainda mais agora que vai ser pai. Falou que seria muito mais fácil, já que ele e a mulher são cegos, que fizessem pesquisa pela web em relação aos produtos e preços porque ele vai gastar muito dinheiro agora com móveis, roupas. No cenário atual, ele precisa ir de loja em loja ou pedir para algum familiar fazer essa busca e falar para ele.

Simone Freire, do WPT e da Espiral Interativa, estava representando o lado empresarial e mostrou que as empresas que não estão levando esse público em consideração. “Elas estão perdendo dinheiro, perdendo uma oportunidade de divulgar suas marcas com diferencial social. Além disso, estão suscetíveis à LBI e perdendo oportunidade de se diferenciarem em um mundo cada vez mais competitivo, principalmente esse de consumo online.”

Se quiser conferir tudo o que aconteceu no painel, assista ao vídeo completo, com Libras.

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