W3C Brasil lança terceiro fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web



Simone Freire está em pé, falando ao microfone, na frente de pessoas que estão sentadas. Eles estão em uma sala.
Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos, durante o lançamento do III fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web do W3C Brasil.

Você sabe quais pessoas são beneficiadas por uma web acessível? A resposta dessa pergunta faz parte do conteúdo do terceiro fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web, chamado “Conhecendo o público-alvo da acessibilidade na Web”.

Ele foi lançado na sexta-feira (7/12) durante um evento promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) em alusão ao 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela Organização das Nações Unidas.

O conteúdo da publicação destaca bastante a empatia com as diferentes formas de navegação, em especial das pessoas com deficiência. Nós, do Movimento Web para Todos, temos insistido nesse assunto porque percebemos que isso ainda é um assunto desconhecido pela maioria dos profissionais que trabalham na área digital.

No evento, entre os participantes, estavam: Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos, que participou do encontro contando sobre o trabalho realizado pelo WPT; Vagner Diniz, Gerente Geral do W3C Brasil/Ceweb.br; Reinaldo Ferraz, Especialista em Desenvolvimento Web do W3C Brasil/NIC.br; Mara Gabrilli, deputada e senadora eleita; Cid Torquatto, secretário Municipal da Pessoa com Deficiência; Sergio Paulo Gallindo, Presidente Executivo da Brasscom; Hartmut Richard Glaser, Secretário Executivo do CGI.br; Fabíola Calixto, Coord. Tec. E Acessibilidade Digital da SMPED; Sidney Tobias, Consult. Acess. Digital e Com. Inclusiva da SMPED.

A publicação é do World Wide Web Consortium (W3C Brasil) – apoio institucional do WPT, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

A importância da empatia

A publicação descreve o público-alvo, o conceito de pessoa com deficiência, as dificuldades que encontra ao navegar em uma página web sem acessibilidade e as tecnologias que podem ser utilizadas para dar autonomia na rede às pessoas com e sem deficiência. Ele explica quais grupos de pessoas que não têm deficiência, como pessoas idosas que geralmente têm algum nível de comprometimento visual, auditivo, motor, intelectual, ou uma combinação dessas, também se beneficiam de uma web acessível.

A cartilha trata também de questões como a “invisibilidade” e a emancipação das pessoas com deficiência, a diversidade das deficiências e tecnologias de apoio que possibilitam o acesso à Web, como programas leitores de telas e tradutores de Libras.

“O objetivo deste fascículo é, principalmente, estimular a empatia do leitor com as mais diversas formas de navegação. Entendendo como as pessoas com deficiência navegam, fica muito mais fácil compreender as necessidades técnicas e implementar recursos para garantir que a Web seja efetivamente de todos e para todos”, ressalta Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento Web do W3C Brasil e um dos autores da publicação.

O fascículo conta com mais de quarenta barreiras para as pessoas com deficiência ao acessarem a web. Entre elas: a falta de navegação pelo teclado, que afeta principalmente pessoas com deficiência visual em geral e física; elementos não textuais sem equivalência em texto (imagens, botões, controles de áudio e vídeo sem alternativa em texto); falta de identificação quando de mudanças no idioma do texto (impede a identificação correta pelos leitores de tela); textos alinhados à esquerda e à direita, criando espaços irregulares entre as palavras que podem dificultar a leitura para muitas pessoas, etc.

Fonte: NIC.br

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