Retrospectiva: o que fizemos pela acessibilidade digital em 2018




Grupo com 18 pessoas sorrindo na área externa de uma casa. Algumas pessoas estão em pé e outras estão agachadas.

Ao longo de 2018, aproximadamente 3 mil profissionais que trabalham com meios digitais foram impactados diretamente pelo tema da acessibilidade na web  em alguma de nossas 45 palestras e workshops. É como se, a cada dia do ano, oito novas pessoas passassem a pensar nos 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e em sua atual exclusão digital por conta das barreiras de acesso na web.

Já parou pra pensar se cada uma dessas 3 mil pessoas contassem a pelo menos cinco amigos sobre o que ouviram? E se esses cinco amigos contassem a mais cinco amigos, que contassem a mais outros tantos? É assim que a transformação acontece. Continuaremos não medindo os nossos esforços para que a web brasileira seja realmente um ambiente inclusivo a todos.

Fomos recebidos por 40 organizações interessadas em aprender mais sobre o assunto e a conscientizar os seus colaboradores. Estamos falando de empresas de grande porte, muitas globais e de diversos setores como educação, tecnologia, financeiro, comunicação, varejo, entre outros.  

E, para nos ajudar nessa missão, contamos com o reforço de novos apoiadores:

Convidamos você a conhecer  um pouco mais sobre o nosso impacto no conteúdo que compartilhamos nesta matéria. Resolvemos destacar apenas os temas trabalhados ao longo dos meses – e que contaram com a participação da nossa equipe – para que você tenha uma ideia de como a acessibilidade digital permeia todas as áreas.

JANEIRO

Cidades inteligentes planejam acessibilidade também nos meios digitais para que todos, inclusive pessoas com deficiência, possam usufruir desse novo conceito de vida conectada.

Ao criar soluções para a sociedade por meio da tecnologia, é preciso derrubar as diversas barreiras de navegação que encontramos em cerca de 95% dos sites do Brasil.

Também é necessário conscientizar os profissionais que desenvolvem e alimentam os canais digitais para que os novos já sejam criados de forma acessível enquanto o legado vai sendo adaptado aos poucos.

Onde discutimos esses assuntos:

FEVEREIRO

Pela primeira vez em 11 anos de Campus Party Brasil, campuseiros (expressão usada para denominar quem participa do evento) tiveram acesso a informações sobre o impacto da falta de acessibilidade digital na vida de milhões de pessoas com deficiência. Muito orgulho de ver a nossa palestra no meio das 900 horas de conteúdo programados para o evento todo.

MARÇO E ABRIL

Com ou sem deficiência, os consumidores brasileiros estão tendo seus direitos negados em muitas lojas virtuais. Fomos pesquisar os 15 sites de e-commerce mais acessados no País e comprovamos esse fato. O assunto foi divulgado por grandes veículos. Entre eles, a rádio CBN, o Jornal da Cultura e O Globo.

Mas a boa notícia é que conseguimos sensibilizar cerca de 200 empreendedores que estavam em fase de planejamento de seus negócios no meio digital. Isso foi só o começo!

Onde discutimos esses assuntos:

MAIO

Já pensou se tivesse uma plataforma digital que conectasse pessoas com deficiência e empregadores? O Programa Ágora Brasil pensou nisso e fez virar realidade.

Projetos como esse são incentivos para que as organizações promovam a inclusão também no mundo virtual e busquem a chancela do Selo de Acessibilidade Digital, da Secretaria da Pessoa com Deficiência do Município de São Paulo. Aliás, fomos selecionados pela Secretaria para ser um dos apoiadores oficiais do Selo e já obtivemos o nosso!

Sabemos que o caminho da inclusão ainda é longo, mas ficamos muito motivados quando podemos contribuir com projetos como esses e vê-los saírem do papel.

Onde discutimos esses assuntos:

JUNHO

Mês intenso com discussões sobre a importância da acessibilidade digital em ambientes variados. O tema tocou as mentes e os corações de organizações não governamentais que vivem de doações, de funcionários públicos ligados à Câmara Legislativa de Suzano, de executivos das maiores empresas de tecnologia sediadas no Brasil, de profissionais de marketing, entre outros.

Com isso, vai ficando cada vez mais evidente o quanto nosso mundo está no meio digital e que não dá para pensar em diversidade apenas no ambiente físico.

Onde discutimos esses assuntos:

JULHO

Você achou que estaríamos de férias em julho? Longe disso! Não poderíamos perder a oportunidade de reforçar que a acessibilidade digital é algo vivo e como seu site pode deixar de ser acessível após a publicação de uma simples foto sem descrição, por exemplo.

“Não existe sustentabilidade sem acessibilidade”. Foi o principal recado dado pelo Cid Torquato, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência do Município de São Paulo no Whow – Festival de Inovação. O evento aconteceu em São Paulo e contou com a nossa participação.

Aproveitamos o mesmo gancho para falar com marqueteiros que, muitas vezes, dedicam mais horas de trabalho desenvolvendo ações e campanhas digitais, mas que nunca pensaram nas pessoas com deficiência como um público em potencial.

Onde discutimos esses assuntos:

AGOSTO

Empatia é a palavra de ordem. Sem conhecer a realidade das pessoas com deficiência e sua penosa experiência de navegação na web é praticamente impossível promover a transformação. Esse foi o foco do mês de agosto! Muitos exemplos, convivência, troca de experiências e experimentações.
Onde discutimos esses assuntos:

SETEMBRO

Definitivamente, acessibilidade digital tem que permear todas as áreas. Não são só as faculdades de tecnologia que deveriam incluir o tema nas grades curriculares, mas todas as disciplinas. Esse ponto foi levantado por professores de pedagogia, administração e psicologia de Universidade Vale do Rio Doce durante um painel que participamos.

Curiosamente, temos ouvido comentários parecidos em outros locais por onde temos passado. Até o Catraca Livre incluiu a nossa palestra na Social Media Week como uma das imperdíveis. Dá para ter uma ideia disso só de saber a nossa agenda de setembro:

OUTUBRO

Mês intenso de formação e conscientização de jovens sobre a nossa causa. A busca por um trabalho com propósito tem sido pauta de quase todos. E que tal juntar propósito, com tecnologia, inovação, solução de problemas reais e empreendedorismo? Essas foram as palavras que marcaram o mês de outubro.

Onde discutimos esses assuntos:

NOVEMBRO

O nosso painel no VIII Fórum da Internet no Brasil, em Goiânia, resumiu todos os nossos esforços ao longo deste ano e chancelou várias ideias de como fazer que a web brasileira seja de fato um ambiente inclusivo.

Ter tido a honra de levar, pela primeira vez, um tema tão importante ao Fórum já foi uma super conquista. Foi ainda mais incrível poder discutir soluções com um time diverso, multidisciplinar, engajado e de diferentes regiões do País. Foi o momento de recarregar todas as nossas energias, reciclar conhecimentos e respirar fundo rumo a uma nova etapa de construção coletiva.

E assim que desembarcamos em São Paulo, recebemos a notícia de que havíamos sido um dos 15 selecionados para participar do programa de aceleração Hangar 001! Já tivemos as primeiras reuniões e as perspectivas são muito boas, principalmente a de que o Movimento atinja um número cada vez maior de pessoas.

Mesmo com tantas coisas acontecendo, tivemos a primeira turma formada no Curso de Produção de Conteúdo Digital Acessível, promovido exclusivamente pelo Web para Todos. Este era um pedido antigo que várias pessoas fizeram para a nossa equipe desde o lançamento do Movimento.

DEZEMBRO

Enquanto o Papai Noel não chega, a nossa equipe continua a mil por hora. Iniciamos conversas muito boas com o time da FIAP, avançamos na estruturação de um mega projeto em parceria com o Google e continuamos plantando sementinhas nas mentes e nos corações de jovens empreendedores e profissionais de comunicação digital.

Veja onde estivemos nos últimos dias:

Aguarde os próximos episódios da nova temporada do Movimento Web para Todos a partir de janeiro de 2019!

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