"Por que ninguém nunca pensou nisso antes?", diz Bernardo Barlach, do Facebook




Simone Freire, em pé, falando ao microfone em uma sala grande, na frente de pessoas sentadas. Ao fundo, há um banner com o texto: Estação Hack.

Foi assim que o Bernardo Barlach, especialista do Facebook (Business Product Specialist at Facebook), marcou sua palestra de abertura no Workshop de Acessibilidade promovido pela Secretaria da Pessoa com Deficiência da cidade de São Paulo (SMPED). O encontro aconteceu na Estação Hack, em São Paulo (SP).

Ele mesmo responde a pergunta dizendo que ninguém havia pensado em incluir itens de acessibilidade no Facebook antes porque ainda não havia uma forte cultura de diversidade na empresa. “Esse é o papel da diversidade nas empresas. Quando há pessoas com diferentes perfis trabalhando juntas, passa-se naturalmente a considerar as necessidades de adaptação de tudo o que se faz para incluir todo mundo”, ele explica.

Esse tom foi sustentado por todos os outros palestrantes. Bruno Mahfuz e João Barguil, do Guia de Rodas, mostraram o mapa de locais mais acessíveis da cidade de São Paulo e sustentaram a importância da acessibilidade arquitetônica para a construção da cultura de inclusão.

Fabíola Calixto, coordenadora de tecnologia e acessibilidade digital da SMPED, contou como o Selo de Acessibilidade Digital está ajudando a transformar os sites da prefeitura de São Paulo em ambientes mais inclusivos. Isso também tem estimulado a ampliação da cultura de acessibilidade que naturalmente deverá ser expandido para toda cadeia produtiva.

Reinaldo Ferraz, especialista em acessibilidade no W3C Brasil, e Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos, falaram sobre o fascículo 3 da Cartilha Acessibilidade na Web, que foi lançado no dia 7 de dezembro deste ano. Os dois realçaram a importância da empatia sobre as diversas formas de navegação e de contar sempre com a participação de pessoas com deficiência em todos os projetos.

Cid Torquato, Secretário da Pessoa com Deficiência do município de São Paulo, encerrou comentando sobre a importância de se fazer cumprir a legislação vigente e da união de todos os setores nesse processo de transformação. Houve um destaque especial para que as escolas incluam os conceitos sobre acessibilidade desde o ensino básico.

Eduardo Lopes, coordenador da Estação Hack, adiantou que, em 2019, a acessibilidade deverá estar presente pelo menos uma vez a cada trimestre nos encontros realizados com os jovens que estão com projetos encubados no espaço.

Confira o workshop completo na página do Facebook da SMPED.

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